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Episódio Luz Sobre as Mulheres – Energia da Transformação: Diversidade e Inclusão no Setor Elétrico

O mês de março foi marcado por comemorações. Além de datas históricas simbólicas do período, foi também quando se concretizou o retorno de algumas atividades, dentre elas o webinar em parceria com a Memória da Eletricidade, Luz sobre as Mulheres, da série #PaposDeEnergia.

Energia da Transformação: Diversidade e Inclusão foi o episódio em questão, em referência ao dia 08 de março – Dia Internacional da Mulher, celebrado  desde 1975. Quando foi então decretado pela ONU como a data internacional comemorativa às mulheres – em consideração a todas as lutas que começaram a despontar lá no século XIX. Ainda que a ideia de um gênero como categoria analítica, como base para explicar porque essa diferença entre homens e mulheres não seja natural, mas sim parte de convenções sociais, tenha nascido por volta dos anos 40 com Simone de Beauvoir e sua obra que a consagrou na filosofia existencialista mundial - no caso, o Segundo Sexo (newsleter março 2021).

Leila Guimarães, Estrategista de Mídias da Memória, foi a mediadora do bate-papo,  introduzindo a edição especial de homenagem às mulheres e reforçando o posicionamento das entidades envolvidas no engajamento com as causas por um mundo mais inclusivo, equitativo e, sobretudo, integrativo.

Abrindo o webinar, a Diretora de Assuntos Corporativos do CIGRE-Brasil, Carla Damasceno Peixoto, em nome da instituição, colocou que entendem que o caminho para o crescimento da participação de mulheres no Setor Elétrico Energético passa necessariamente pelo investimento em conhecimento e capacitação. E é nessa questão que o CIGRE-Brasil desempenha um papel primordial, estimulando a participação e o compartilhamento de conhecimentos e experiências através dos nossos 16 Comitês de Estudos.

Palestrantes e Debate

Brindando a todos com o tema da vez, foram convidadas duas expoentes, parceiras de longa data e verdadeiras representantes das conquistas femininas dentro do espaço do Setor Elétrico Brasileiro.

Um pouco sobre Elbia Gannoum

A 1ª delas que se apresentou, Elbia Gannoum, economista e PHD pela Universidade Federal de Santa Catarina UFSC), com 22 anos de carreira no Setor Elétrico e nos últimos 12/11 anos é CEO da ABEEólica – Associação Brasileira de Energia Eólica – e Vice-chair do GWEC (Global Wind Energy Council). Além disso, participa de outros conselhos que discutem transição energética, mudanças climáticas e com participação ativa nos últimos 3 / 4 anos na discussão de gênero e diversidade no setor de energia.

Ponto de Equilibrio

Elbia falou da importância da busca pelo equilíbrio – que seria o ponto ótimo – entre carreira e os diversos papéis sociais que a figura da mulher ocupa na sociedade, inclusive o de mãe. Sempre trabalhando no sentindo de atingir um equacionamento dessas variáveis, o que seria o grande desafio.

Comentou sobre os pontos importantes que devem ser buscados em uma carreira (para todos, homens e mulheres), entre eles a aposta na formação e na profissionalização. Destacou que atualmente o setor de energia recebe um grupo bastante eclético de formação. Não só voltado para engenheiros e advogados como há uns 25 anos. Hoje, já comporta uma série de especialidades o que amplia, inclusive, o leque e o horizonte para entrada de mulheres – não se atrelando apenas à engenharia.

Um pouco sobre Agnes da Costa

A 2ª palestrante a apresentar sobre sua trajetória foi Agnes M. da Costa, com uma carreira de 17 anos dentro do Ministérios de Minas e Energia (MME). Durante 14 anos atuou na Assessoria Econômica do MME e hoje é Chefe da  anos Assessoria Especial em Assuntos Regulatórios do MME, com as incumbências de coordenar o projeto da reforma do setor elétrico (se) – Modernização do SE – e também toda a agenda de transição energética, que abrange uma pauta transversal, com a participação de várias secretarias, inclusive a Secretaria de Mineração, com discussões que envolvem o Programa Nacional do Hidrogênio, mercado de carbono e demais assuntos atuais.

Graduou-se na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), já com uma especialização direcionada para a área de energia, fez mestrado em energia na Universidade de São Paulo (USP), trabalho por um ano em um banco de investimentos, dentro do campo de projetos de energia

Mobilização pelo pertencimento

Agnes chamou a atenção para a necessidade de reflexão sobre à data comemorativa, uma vez que implica na luta por mais oportunidades para as mulheres e direitos iguais, tendo  feito, para tanto, uma analogia com o nome da data adotado na França – Dia Internacional do Dia da Mulher.

Sobre a questão do ponto de equilíbrio levantada por Elbia, contribuiu com seu pensamento sobre realmente não ser possível alcançar um estado estático e reconheceu que existe um esforço de balancear as especialidades existentes não só no trabalho, mas na vida pessoal também. O que contribuiu, de certo modo, na prática, para a conciliação das suas agendas do setor e de energia elétrica com esse lado que tem a ver com pertencimento. No caso, seria a mobilização das mulheres ao redor e a criação de grupos, inciativas similares ao projeto da parceria entre o CIGRE-Brasil e a Memória da Eletricidade, como exemplificou.

 

 

Plataforma Energia da Transformação

Ambas as convidadas informaram sobre as suas participações em atividades paralelas, trabalhos voluntários, no âmbito das questões de gênero. Entre elas a plataforma Energia da Transformação, criada pelas duas especialistas e por Franceli Jodas,  lançada em julho de 2021, com o objetivo de promover a discussão e o conhecimento da diversidade no setor de energia. Uma instituição privada, sem fins lucrativos, que visa unicamente o retorno social.

A ideia da criação da plataforma nasceu ainda em  2020, no 1º ano da pandemia, a partir de uma observação da necessidade de uma iniciativa que pudesse responder à procura de empresas e instituições por informações sobre o papel da mulher no Setor de Energia no Brasil. Um ambiente único que reunisse não só dados das ações sobre as políticas de diversidade e inclusão das empresas do Setor Energético como um todo – não só o Elétrico mas também o de Petróleo e Gás – como também um local onde as pessoas pudessem levar seus projetos. E do lado da demanda, que seriam aqueles que gostariam de buscar as empresas que têm familiaridade com essa temática, para que pudesse se associar e trabalhar.

Além disso, o concebimento deu-se pelo atentamento à falta de um local com mais referências ao recorte social – no caso, inclusão econômica e social. Isto porque no Setor de Energia como um todo tem muito recurso investido em questões sociais e ambientais, em função do licenciamento. Mas ainda assim o ambiental é mais evidenciado.

A plataforma visa inspirar outras boas práticas da diversidade e inclusão ­lato sensu – gênero, raça, idade, pessoas com necessidades especiais e todo tipo de integração. Um local para juntar todas as informações para aqueles que as buscam, todos os projetos já realizados pelas mais variadas empresas, além de permitir conexões com os que querem tratar com partes que já realizam trabalhos nessa área.

Além disso, traz um olhar da inclusão por meio do Setor de Energia, mas também no Setor de Energia. Este último seria com relação à força de trabalho, onde a mesma possa ser bastante inclusiva, não só de gênero, mas também de faixa etária, fazendo jus com a máxima de que a infraestrutura tem um potencial muito grande de trazer bem-estar econômico-social para todos, possibilitando a troca de contribuições.

Sobre o nome da programa, o que inspirou o “batismo” foi o conceito de que se pode transformar a sociedade por meio da energia. Transformação essa que está bem pautada nas 3 letras do ESG – Environmental, Social and Governance - um conjunto de práticas ambientais, sociais e de governança realizadas por empresas. E daí também o viés mais fortalecido em torno do social dentro da plataforma, uma vez que através dele, a diversidade e a inclusão são tratadas com mais evidência.  E quando se olha para a inclusão social, percebe-se que o investimento em infraestrutura de forma geral e em energia, em particular, ambos tem a potencialidade de fazer com que os países retomem o seu crescimento econômico, sobretudo nesse momento atual de pós-pandemia.

Compromisso com a agenda 2030

Aproveitando a oportunidade sobre as pontos levantados em torno do social, foi também tópico da conversa o compromisso firmado pela ONU, onde foram definidos os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) a serem alcançados até 2030, dentre os quais está o ODS #5, que é a busca pela equidade de gênero. Diversas organizações das iniciativas privadas e públicas estão comprometidas com essas metas entregando ações de implementação.

Dentro do Setor Elétrico não está sendo diferente, com a presença de atividades que abraçam essa transformação. Uma delas são as ações das empresas de distribuição de energia que estão fazendo programas para capacitar mulheres para trabalharem como eletricitárias – algo impensável em alguns anos atrás.

Do lado do setor público, por exemplo, foi realizado recentemente um estudo onde quais seriam os principais pontos a serem colocados no aparato regulatório do Setor de Biogás e também para o Setor de Energias Eólicas Offshore. Tem sido assim, colocados artigos mais explícitos nos projetos de leis – muitos já tramitando no Congresso – para que tenha ações mais voltadas para questões do gênero e da diversidade. Uma ação do setor público, do Legislativo. Já do lado privado, uma fomentação maior no Brasil começou a partir de 2020. Até mesmo pelo forte movimento do mercado de capitais da inclusão da pauta de ESG, muitas empresas tem buscado incorporar na Governança – onde tem sido observado pelas mesmas que os ESG não só são uma parte, mas como devem ser a estratégia de uma companhia.

Apesar disso, de toda essa movimentação da sociedade e de seus setores, é preciso ter clareza que resultados mais robustos são atingidos a longo prazo. Uma decisão tomada hoje terá seus frutos colhidos daqui a 3, 5 ou 10 anos. Alguns estudos da Agência Internacional de Energia e também da Agência Internacional de Energias Renováveis ilustram o quadro da inclusão do gênero, por exemplo, onde mostram que 33% da força de trabalho do Setor de Energias Renováveis está nas mulheres. O seja, ainda é uma representação pequena.

O papel da Energia na Transformação da Sociedade

Reforçando a questão do papel da energia na transformação da sociedade, estudos vêm comprovando como a implementação de empreendimentos de eólicas e de hidrelétricas trazem desenvolvimento paras as regiões onde são instaladas. E nos últimos 20 anos dados são cada vez mais acessíveis aumentando a capacidade de serem realizados estudos mais complexos.

Um deles foi estudo específico do Setor Eólico, sobre o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), pela ABBeólica.

O contexto é o crescimento da fonte de energia eólica, nos últimos anos, onde os leilões de grande porte começaram partir de 2009 e a implementação efetiva dos parques eólicos a partir de 2011. Hoje, é a 2ª fonte da matriz.

Elbia, enquanto economista, percebeu a diferença que os investimentos eólicos traziam para as regiões, isto é, um efeito multiplicador econômico e social. Tendo em vista essa observação, a associação lançou, em 2020, um estudo onde foi concluído que nas cidades da região Nordeste que receberam os parque eólicos o PIB cresceu 21.2%  e IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - cresceu 20%.

Um novo estudo, já em 2022, associado ao efeito multiplicador da economia mostrou o quanto os investimentos em energia eólica contribuem para a geração de emprego – as conclusões foram os números de 11 postos de trabalho para cada Megawatts instalado, além do cálculo do resultado sobre o PIB do CO2 evitado. Isto é, quando se investe em uma energia limpa e renovável evita-se uma emissão de CO2, o que contribui para o crescimento do PIB – o número alcançado em questão foi da ordem de 90 bilhões. Além disso, para cada R$1,00 investido no Setor Eólico é alcançado R$3,00 de resultado no PIB.

Transição Energética Justa – COP 26

Trata-se da transição para a economia de baixo carbono. Um conceito que saiu em grande parte da discussão do Acordo de Paris - firmado no COP 21 em 2015 - e que vem sendo mais acentuado a partir de 2020, sobretudo na COP 26 - 26ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas – realizada de 31.10  a 13.11.21, em Glasgow, Suécia. Evento que trouxe novamente a pauta, mas incluindo o conceito da transição energética justa, associado aos ODS da ONU.

Quando se fala de transição energética justa é preciso considerar as características geográficas, políticas, econômicas e sociais dos países e regiões que estão realizando essa transição. É preciso ter um olhar no sentido distributivo, positivo e também nos eventuais impactos negativos. E nestes últimos é necessário considerar os grupos que estão envolvidos. E quando se coloca o Brasil no contexto dessa discussão, mesmo sendo um pais altamente renovável do ponto de vista da energia elétrica – sendo 83% da matriz renovável e do ponto de vista elétrico 48% (superior aos 15% das demais economias), ainda temos uma lição importante: olhar para a transição energética como um negócio. Isto porque, diante dos retornos macroeconômicos que esta transição possa trazer – nos efeitos do PIB, do IDH, das emissões de CO2 – o país pode tirar uma vantagem grande, o que implicaria em uma transformação energética. Uma oportunidade para a economia brasileira, bem como Elbia publicou em um artigo no seu perfil do LinkedIn. Talvez seja o único país no mundo que tem todas as potencialidades para liderar esse processo e obter vantagens econômicas e sociais significativas pela quantidade de recursos renováveis que possui e pela competitividade dos seus recursos de produção de energia de forma geral, com um mercado muito grande capaz de gerar escala para o desenvolvimento de indústrias.

 E o Futuro?

Apesar de todos os esforços ao longo dos anos, as convidadas colocaram que o importante é saber que a estrada já está definida. No entanto, é preciso trazer um pouco mais de tração, a qual vem através das práticas das empresas, do setor público e também desse ambiente  que se cria para as discussões. Por isso a importância de um lugar de fala para que o debate possa ser promovido e que possa buscar o engajamento das empresas e da sociedade como um todo.

⏩Para assistir o webinar na íntegra, confira no canal do youtube da Memória da Eletricidade

⏩Para conhecer mais do projeto voluntário acesse Energia da Transformação.

Natasha Decco
|
março, 2022
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