Março é um mês emblemático, que marca reflexões sobre a presença feminina em diferentes setores da sociedade. Acreditamos que a diversidade, a inclusão e o fortalecimento da participação feminina são elementos fundamentais para promover a inovação e a sustentabilidade no setor elétrico. No CIGRE-Brasil, essa pauta é uma das prioridades, e para tanto, vem sendo desenvolvida ações para ampliar a representação feminina na entidade e no setor de energia como um todo, através da atuação do Comitê de Mulheres – Women In Energy (WIE-BR).
Uma dessas atividades foi a concretização de um encontro em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. O evento, que teve como objetivo promover a troca de experiências e fortalecer a participação feminina no setor elétrico, aconteceu no dia 18 de março, com o apoio da State Grid, Rio de Janeiro (RJ) -parceira de longa data e que recebeu o público presente de braços abertos, cedendo o espaço e patrocinando o encontro, o que possibilitou a concretização de uma ação com muito êxito.
Público do WiE realizado no dia 18 de março, na sede da State Grid, no Rio de Janeiro (RJ)
A iniciativa foi conduzida por Gabriela Desirê, coordenadora do WIE e consultora de projetos de infraestrutura do BTG Pactual, e Elusa Moreira, vice coordenadora do WIE BR e assessora da Diretoria do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O evento também contou com a participação de Solange David, presidente do WIE Internacional, e Carla Damasceno, ex-coordenadora do WIE-BR, reforçando o compromisso da rede com a representatividade e o desenvolvimento de lideranças femininas no setor.
A primeira parte do encontro divulgou a nova estrutura do Comitê de Mulheres, os objetivos do grupo e frentes de trabalho - que, além da Gabriela e Elusa, contam com Adriana de Castro Passos Martins, como Secretária de Mentoria, e outras 16 mulheres representando cada um dos Comitês de Estudo do CIGRE Brasil, as quais apresentaram sobre sua atuação na entidade:
A1 -Geração de Energia e Conversão de Energia Eletromecânica, Milene Teixeira (de Araujo Soares), da IRIS POWER LP - A QUALITROL COMPANY;
A2 - Transformadores e reatores de Potência, Janaina Gomes da Costa, da CEMIG;
A2 - Equipamentos de transmissão e distribuição, Gabriela Rema, da ISA ENERGIA BRASIL;
B1 - Cabos Isolados, Samantha da Cruz Pereira, da Prysmian;
B2 - Linhas Aéreas, Bruna Ventura Hoffmann, da FURUKAWA ELECTRIC GROUP;
B3 - Subestações e instalações elétricas, Ana Marotti, da Eletrobras;
B4 - Elos de Corrente Contínua e Eletrônica de Potência, Camila Maciel, da State Grid Brazil Holding;
B5 - Proteção e Automação, Camila Oliveira, da Schweitzer Engineering Laboratories (SEL);
C1 - Desenvolvimento de Sistemas Elétricos e Economia, Michele Reis Pereira, da CEMIG;
C2 - Operação e Controle de Sistemas de Potência, Aline Gravina, da Eletrobras;
C3 - Desempenho Ambiental e Sustentabilidade do Sistema de Potência, Daniella Soares, da Eletrobras;
C4 - Desempenho de Sistemas Elétricos, Naiara Duarte, do CEFET-MG;
C5 - Mercados de Eletricidade e Regulação, Solange David;
C6 - Sistemas Ativos de Distribuição e Recursos Distribuídos de Energia, Cicéli Martins, da CEMIG;
D1 - Materiais e Tecnologias Emergentes, HELENA WILHELM, da Vegoor Soluções e
D2 - Sistemas de Informação, Cibersegurança e Telecomunicações, Carolina Cândida de Oliveira, da CEMIG.
Acesse os Comitês de Estudos
Sobre o 2º momento do encontro, Gabriela pediu a todas as presentes sugestões de ações para que o comitê possa ser mais ativo efetivamente no seu propósito de busca por uma maior integração de mulheres no setor elétrico. Isso porque o setor apresenta ainda uma cultura masculina arraigada, onde apenas 16% das contratações são de mulheres.
2º momento do encontro WiE BR– exclusivo para o público presencial: roda de conversa
Dentre os pontos levantados destacaram-se:
- Incentivar as mulheres a escreverem mais artigos técnicos, para uma maior representatividade em congressos – como a inciativa de Solange David, que promoveu Women Writen Energy;
- Levar rodas de conversas para as empresas, com a meta de alcançar mulheres com atuação no campo, na área de comissionamento, que vivenciam a questão do ambiente de trabalho não adaptado, por exemplo a inexistência de banheiros femininos e
- Incentivo/divulgação para mulheres em escola técnica, que nem sempre dão continuidade com a engenharia.