Nas palavras de uma personagem emblemática da história da humanidade, o cientista alemão, Albert Einstein, “a criatividade é a inteligência se divertindo”.
Foi dentro dessa concepção que aconteceu mais uma edição do mais que consolidado Fórum de Mulheres do CIGRE-Brasil, uma das ações que a instituição vem promovendo com o intuito de proporcionar mais inclusão, em consonância com os ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS#05).
Seguindo a tradição dos anos anteriores, mais uma vez foi realizado durante a programação do carro-chefe do CIGRE-Brasil, o SNPTEE – em sua 28ª edição, dentre os dias 19 e 22 de outubro, na capital pernambucana, Recife.
O Fórum, sempre se renovando, dessa vez aconteceu sob o formato de um painel intitulado “Correntes em disputa: tensões e soluções para um setor em transformação”, uma reflexão criativa inspirada na histórica rivalidade entre Edison e Tesla — agora reinterpretada pelos desafios atuais do sistema elétrico brasileiro.
Com o auditório completamente cheio, o debate reuniu grandes nomes do setor, como Lorena Melo Silva Perim (MME), Thaís Teixeira (EPE), Sumara Ticom (ONS), Luciana Martins Soares da Costa (Axia), Camila Maciel, M.Sc.(State Grid) e Jéssica Santos (Taesa), sob a mediação de Gabriela Desire (Coordenadora do WiE-Brasil) e introdução de Solange David (Chair do WiE Internacional). Foi um encontro que manteve a sua vibração de promover a inspiração, destacando a liderança das mulheres na construção das soluções que movem o futuro da energia - sobre estas últimas, dentre elas, tópicos sobre armazenamento de energia e aplicação de inteligência artificial e inovação – com o intuito de promover uma maior flexibilidade para o SIN; relevantes insights sobre os desafios da construção de obras do setor; aspectos da complexidade da operação do sistema e capacitação de profissionais.
Fórum de Mulheres do CIGRE-Brasil - durante o XXVIII SNPTEE
Programação do Fórum
O Fórum de Mulheres do SNPTEE ocorreu no dia 21.10, coordenado pela presidente do Women in Energy (WIE) do, Gabriela Desire. Na ocasião, ela esclareceu sobre a nova estrutura do WIE BR - estabelecida em 2025 - e a participação feminina nos 16 comitês de estudos do CIGRE-Brasil.
O tema do encontro foi a Batalha ou Guerra das Correntes, idealizado e moderado por Gabriela Desire, com as valiosas análises e considerações da Lorena Melo Silva Perim (MME, Diretora de programas da Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento), Thaís Teixeira (EPE, Consultora Tecnica), Sumara Ticom (ONS, Assessora Executiva da Diretoria de Planejamento), Luciana Martins Soares da Costa (Axia Energia, Diretora de Desenvolvimento do Pipeline de Engenharia), Camila Maciel, M.Sc. (State Grid, Engenheira de Equipamentos HVDC) e Jéssica Santos (Taesa, Coordenadora de normatização, pré e pós operação).
Palestrantes do Fórum WiE
Solange David, a Chair do WIE Internacional, apresentou um breve contexto histórico sobre a batalha das correntes para a distribuição de energia elétrica, protagonizada por Thomas Edison, defensor da corrente contínua e Nikola Tesla / George Westinghouse, defensores da corrente alternada, no final do século XIX.
Passado mais de um século desse episódio histórico, comercial, tecnológico e de comunicação, constata-se a importância das duas tecnologias para o desenvolvimento do setor elétrico, principalmente com a evolução dos sistemas de potência e a ampliação global da eletrificação.
Relevância da ação
A lotação do espaço destinado ao Fórum do WIE, com a presença de profissionais de várias empresas e instituições do setor, mais uma vez comprovou a relevância da ampliação da visão sobre o reconhecido trabalho desenvolvido pelas mulheres e a agregação de valor às atividades do setor. Confirmando, dessa forma, que o compartilhamento do conhecimento e a parceria são fundamentais para todos os profissionais: mulheres e homens, além das mais diversas gerações coexistentes. Sobre este último, de acordo com Solange, “somos o que construímos, observando as ações, aprendizados e experiências dos que nos antecederam, e buscando deixar um legado para os que atuam no setor e aqueles que ainda virão - afinal a energia elétrica é um direito essencial à vida.”
Curiosidade
Vale lembrar que, curiosamente, o próprio o WiE tornou-se mais inclusivo ao longo dos anos. Isso porque, em sua versão inicial denominava-se Women in Engineering.
Reconhecendo que o setor elétrico possui uma transversalidade de campos de saber que convergem para uma solução em comum, a ação modificou a nomenclatura para Women in Energy – tanto que a chair Solange David atua na área jurídica. Dessa forma, o WiE não só promove atividades que visam a integração, como também vive a sua essência em plenitude.
