Mais uma ação do CIGRE-Brasil concluída com êxito. Que seria certo superar as expectativas com relação à qualidade técnica isso já era esperado - dada a participação de representantes expoentes dentro do Setor Elétrico Brasileiro, os quais fizeram parte da programação oferecida pela Comissão Técnica. Mas, além disso, o evento foi um sucesso de público presente. Foram quase 250 inscritos, com uma pluralidade sempre marcante: empresas privadas, universidades, institutos de pesquisa e, claro, os que não só contribuíram com o seu apoio, como também fizeram parte das atividades oferecidas: os fabricantes, com a demonstração na sessão “Plataforma de Testes de Monitoramento da Subestação Digital” - um dos objetivos do workshop, o qual buscou "consolidar os requisitos propostos pelo Operador Nacional do Sistema para as subestações digitais", colocou Denise Borges, do ONS, uma das palestrantes e forte atuante nas atividades voluntárias do Comitê Nacional Brasileiro.
Sobre o workshop - programação
O Workshop Subestações Digitais foi uma ação do Comitê de Estudos B5 – Proteção e Automação - do CIGRE-Brasil - com o coordenador Pablo Humeres Flores e o secretário Júlio Lima à frente - realizado nos dias 09 e 10.08.2023, tendo como palco a capital catarinense, Florianópolis. Contou ainda com o apoio da Eletrobras CGT Eletrosul – marcado na presença do Diretor-Presidente, Cleicio Poleto Martins e do Diretor de Operações e Manutenção, Ildo Wilson Grüdtner - e com a colaboração dos fabricantes de dispositivos de automação Siemens, GE e SEL, além dos fabricantes de caixas de testes Conprove e Omicron.
Comissão Organizadora:
Pablo Humeres Flores (Coordenador do CE B5) e Júlio Lima (Secretário do CE B5)
Apresentou um programa no qual expôs sobre a visão atual das subestações digitais como uma realidade no sistema elétrico e sua arquitetura integrada trazendo um grande avanço, mas também enormes desafios. Com a implantação do barramento de processo (IEC-61850) e a iminente integração dos LPIT (Low Power Instrument Transformers), existem novas situações a serem superadas no que se refere ao monitoramento das redes dedicados aos sistemas de proteção e automação.
Dessa forma, considerando o contexto dos dispositivos atuais fornecidos às empresas para proteger e controlar seus equipamentos, os quais possuem elaboração e funcionamento que diferem da tecnologia recente, de tal forma que afetará não só o funcionamento das instalações, mas também todos os processos relacionados a planejar, projetar, manter e operacionalizar - impactando, assim, os procedimentos das empresas de forma fundamental, o objetivo foi debater experiências, desafios e perspectivas futuras das subestações digitais com ênfase no monitoramento das redes de comunicação dos sistemas de proteção e automação e implementação dos novos LPIT.
O conteúdo que permeou as discussões teve como base a plataforma de testes montada na semana anterior ao evento, junto com os 6 fabricantes, para fazer a verificação das possibilidades do uso desse sistema de monitoramento. "Foi feito, assim, uma série de ensaios usando os protocolos Goose, Sampled Values e PTP, para fazer uma investigação das condições de problemas que podem ocorrer nas redes de comunicação dentro de uma subestação digital. Além de averiguar algum possível erro de verificação nos dispositivos, nos protocolos de comunicação, ou ainda dentro da infraestrutura de redes - como a perda de um link, algum problema de conexão com uma fibra ótica ou alguma configuração de filtragem de rede, de maneira equivocada", explicou Mateus Alexandrino, da CGT Eletrosul.
Com todo esse sistema de monitoramento, seja na parte elétrica, quanto na parte digital, "é possível identificar falhas no sistema e, por conseguinte, fazer um planejamento mais assertivo, visualizando esquemas de proteção mais eficientes e, assim, fornecer um serviço de melhor qualidade para a comunidade", colocou Hector Leon, da GE.
Auditório cheio - Workshop Subestações Digitais - Hotel Majestic
Para isso, contou com a palestras:
- Papel dos Requisitos Funcionais do Usuário no Ciclo de Engenharia de Subestações Digitais - DSc. Iony Patriota de Siqueira – TECNIX
- Principais desafios na aplicação da Subestação Digital - Pablo Humeres Flores – Eletrobras CGT Eletrosul
- Impacto da Subestação Digital nos procedimentos de Rede -Denise Borges – ONS
- Apresentação Geral da Plataforma de Testes e Resultados -Mateus Alexandrino – Eletrobras CGT Eletrosu
- Experiências e Perspectivas da Subestação Digital - Eugenio Carvalheira – Omicron
- Considerações sobre a Interdependência de Sistemas Redundantes e Impactos na Confiabilidade, Segurança e Simplicidade de Subestações Digitais - Ricardo Abboud – SEL
- Subestação Digital – Lições apreendidas - Wagner Seizo Hokama – CPFL
- Experiências e Perspectivas da Subestação Digital - Paulo Sergio Pereira Junior – Conprove
- Experiências e Perspectivas da Subestação Digital - Otavio Busnardo Degasperi – Neoenergia / Cleber Juliano De Freitas Kikuichi – Siemens/ Edson Ricardo Lacerda Videira – Siemens
- Subestação Digital – Lições apreendidas - Pedro Miguel Andrade Syrio – ISA CTEEP
- Experiências e Perspectivas da Subestação Digital - Denys Lellys – GE
- LPIT Trilha de Implantação - Josemir Coelho Santos – USP
Patrocinadores
Mais uma vez, vale lembrar e agradecer àqueles que sempre estão de mãos dadas com o CIGRE-Brasil, no compromisso da entrega de um evento com propriedade a qualidade técnica que sempre primou - o apoio de parceiros, alguns deles de longa data, os patrocinadores que contribuíram com a plataforma de testes: Cepel; Conprove; GE; Omicron; ONS; Schweitzer (SEL) e Siemens.
Exposição Patrocinadores
Confira o vídeo com os depoimentos dos especialistas envolvidos. Acesso o canal do youtube, da Eletrobras CGT Eletrosul