Mais um evento tradicional do CIGRE-Brasil marcando a retomada da modalidade presencial em 2022. Dessa vez foi o seminário que faz parte das ações da comunidade de proteção e controle do Setor Elétrico: o STPC - Seminário Técnico de Proteção e Controle - que tem à frente da sua organização o Comitê de Estudos B5 (CE B5).
Em sua 16a edição, com a parceria da Comissão Organizadora Taesa, a realização imprimiu um status histórico, já que foi um dos eventos que tiveram seu acontecimento comprometido face à crise sanitária que ora se instaurou em 2020. Agora, em 2022, "com muita alegria" - nas palavras do Coordenador Geral do evento, Marco Antonio Macciola Rodrigues - o evento que estava em stand by, desde então, conseguiu finalmente ser concretizado, vencendo os desafios do pós pandemia, tanto do ponto de vista técnico, quanto do comercial. Tanto, que ainda com esse cenário de crise, o evento conseguiu entregar com propriedade a qualidade técnica que sempre primou. Assim como obteve, mais uma vez, o apoio de parceiros, alguns deles de longa data, para efetivação de sua realização, com muito êxito - no caso, a parceria dos patrocinadores Ouro State Grid e ONS; dos patrocinadores Prata Siemens, dos patrocinadores Bronze AMC Soluções em Energia, ARCTEC, Argo Energia, CONPROVE, Copel, SecuControl, Hitachi Energy / Hitachi, Schweitzer Engineering Laboratories (SEL) e Treetech Tecnologia. Além dos outros patrocinadores CEMIG - cota Totens Carregadores Celular -, GE e Ziv do Brasil - cota Coffee-Break - e do apoio institucional da Associação Brasileira das Empresas de Transmissão de Energia Elétrica - ABRATE.
Cerimônia de Abertura
A mesa de abertura do evento contou com os representantes dos patrocinadores ouro State Grid e ONS - Diretor de Operação e Manutenção, Jorge Raul Bauer e o Gerente Executivo de Engenharia, Mauro Muniz, representando Alexandre Zucarato - Diretor de planejamento do ONS, respectivamente. Além do Diretor de Negócios e Gestão de Participações da TAESA, Fábio Antunes Fernandes; do Diretor-técnico do CIGRE-Brasil, Iony Patriota de Siqueira; do Coordenador do XVI STPC / CEPEL, Marco Antonio Macciola Rodrigues e do Coordenador do Comitê de Estudos B5 do CIGRE-Brasil / CGT ELETROSUL, Pablo H. Flores.
Da esquerda para a direita: Gerente Executivo de Engenharia do ONS, Mauro Muniz, representando Alexandre Zucarato - Diretor de planejamento do ONS;
Diretor de Operação e Manutenção da State Grid, Jorge Raul Bauer; Diretor de Negócios e Gestão de Participações da TAESA, Fábio Antunes Fernandes;
Diretor-técnico do CIGRE-Brasil, Iony Patriota de Siqueira; Coordenador do Comitê de Estudos B5 do CIGRE-Brasil / CGT ELETROSUL, Pablo H. Flores
e Coordenador do XVI STPC / CEPEL, Marco Antonio Macciola Rodrigues.
Premiação por Competência Técnica
Ao final da cerimônia que cortou a fita para o relançamento do STPC nos moldes tradicionais, desde a sua concepção, em 1986, foi entregue uma placa de homenagem ao Marco Antonio Rodrigues - o antecedente à frente da coordenação do CE B5, que passou o seu bastão recentemente, na ocasião da Session Paris 2022, para o Pablo Flores.
Na homenagem, Pablo frisou o merecimento do prêmio, mencionando a grande contribuição técnica e pessoal de Marco, traduzidas "pelo grande ser humano que é, e da capacidade de trazer pessoas para a colaboração técnica".
Iony Patriota, que também entregou a placa em conjunto, introduziu sobre a nova premiação, a qual estava sendo realizada pela 1a vez, assim como a Medalha CIGRE-Brasil, concebida recentemente em maio deste ano, na abertura do XXVI SNPTEE.
Marco Macciola, em seu discurso de agradecimento comentou sobre o papel das atividades do CIGRE-Brasil, de como contribuíram para crescimento na sua profissão, com uma explosão de conhecimento. Finalizou colocando que de tudo que fez, foi com a ajuda de todos e que, para tanto, compartilha a premiação.
Marco Antonio Macciola Rodrigues recebendo a homenagem especial
aos excelentes serviços prestados à frente do Comitê de Estudos de Proteção e Controle (CE-B5) do CIGRE-Brasil
Programação do evento e Temas Preferenciais
O seminário teve em sua grade de programação a apresentação de 49 trabalhos, como sempre primando pela qualidade em que a Comissão Técnica tanto se empenha em trazer para o público presente, em busca de aperfeiçoamento profissional.
Marco Antonio, no seu discurso de abertura, até chamou a atenção pela necessidade de expandir o formato do evento devido ao recebimento de trabalhos merecedores em serem mantidos na programação. Fez uma breve recapitulação colocando que na última edição presencial, de 2018, realizada em Foz do Iguaçu, foi introduzida uma sessão pôster. Já na edição atual foi adotada uma outra novidade: a realização de salas paralelas, com o intuito de manter os informes de significativos conteúdos técnicos, que por conta da limitação do formato convencional, de apenas uma plenária, poderiam não ser encaixados.
A programação do XVI STPC ainda deu continuidade com as palestras dos patrocinadores - uma incorporação desde a edição de 2021 - além da sessão técnica especial, que já vinha sendo de praxe.
Denise Borges (ONS - sessão técnica especial
Os temas preferenciais que abarcaram as apresentações do XVI STPC foram:
1. Algoritmos, ensaios, modelos e simulações para sistemas de proteção, automação e controle
2. Aplicação, novas filosofias e funções, ajustes, coordenação e ferramentas computacionais para proteção em sistemas CA e CC, considerando aspectos da geração, transmissão ou distribuição
3. Análise de perturbações: estudo de casos, lições aprendidas, ferramentas computacionais de análise, localização de faltas, arquitetura e experiências em redes de oscilografia, integração com outras fontes de dados (queimadas, descargas atmosféricas etc.)
4. Monitoração, proteção e controle para grandes sistemas de potência (WAMPACS); Esquemas de Proteção para Integridade do Sistema (SIPS)- Sistemas Especiais de Proteção (SEP). Impacto de FACTS e HVDC na proteção de sistemas CA
5. Aplicações e resultados da tecnologia de sincrofasores
6. Aplicações, projeto, padronização e outros benefícios de funções e sistemas de proteção e controle em subestações parcial ou totalmente digitais. Arquiteturas de PAC (barramento de processo, centralização de funções, uso de nuvem, sincronização temporal etc.) e utilização de novos dispositivos (LPIT, PIO, MU, etc.)
7. Experiências de testes e comissionamento de sistemas de PAC, incluindo testes em laboratório, TAF e TAC
8. Comunicação de dados entre subestações para aplicações em sistemas de proteção e controle
9. Filosofias e aplicações de sistemas de proteção e controle em sistemas de distribuição e em instalações industriais. Incluindo sensores, chaves remotas, indicadores de falta e outros dispositivos
10. Assuntos de proteção e controle relacionados à tecnologia de Smart Grid, incluindo microredes, cidades inteligentes, eletrificação dos transportes, automação da distribuição entre outros
11. Impacto da integração de fontes de energia distribuídas (eólica, solar, veicular etc.) e de sistemas de armazenamento de energia nos sistemas de proteção e controle
12. Gestão do desempenho e monitoramento das condições dos ativos e infraestrutura de PAC. Efeito da integração funcional de IEDs para proteção e controle sobre a disponibilidade, confiabilidade e manutenibilidade de ativos de PAC. Gestão dos dados de configuração e dos ativos de PAC. Aspectos de manutenção e retrofit
13. Impactos da regulação na proteção e controle. Efeito da pandemia de COVID-19 sobre as equipes de proteção e automação
14. Desafios no treinamento e capacitação dos profissionais e gestores da área de proteção, controle e automação.
Já a cerimônia de encerramento anunciou as constatações sinalizadas pela Comissão Técnica, diante da avaliação das problemáticas suscitadas pelas palestras e pelos trabalhos apresentados.
Foi nessa etapa final do seminário que também ocorreu mais uma premiação - agora destinada às estrelas do evento: aos autores dos 3 melhores informes técnicos.
Confira os trabalhos premiados e mais detalhes na Revista EletroEvolução de dezembro - EE 109.