Mais uma conquista do corpo técnico feminino do Setor Elétrico Brasileiro.
A representante da vez é Solange David, membro do Conselho de Administração do CIGRE-Brasil, indicada pela diretoria executiva do CIGRE-Brasil, e eleita para ser a CIGRE WiE International Chair, nos próximos 4 anos – gestão de 2022-2026. Neste período acumulará também a coordenação do Comitê Brasileiro de Mulheres, a partir da Paris Session 2022.
Sobre a brasileira
Solange é advogada, PHD e Mestre em Ciências / Engenharia Elétrica Sistemas de Potência pela USP. Além de professora de pós-graduação da FGV e professora convidada da USP.
Uma das profissionais que representa o perfil multidisciplinar da nossa instituição, Solange é membro do Comitê de Estudos C5 - Mercados de Eletricidade e Regulação. Participa de fóruns de debates que levantam sobre a questão da transição energética. Tema que tem alcançado maior relevância, sobretudo em mundo de cenário pandêmico, o qual observa que, para a retomada do crescimento econômico, a infraestrutura “mais verde” e resiliente é um dos caminhos mais saudáveis.
Sobre a transição energética
A transição energética – um mundo mais descarbonizado até 2050, na verdade, deve ser observada em conjunto com a evolução tecnológica e com os Dezessete Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (17 ODS), pelos quais, até 2030, deverá haver melhorias significativas nas condições de vida da população global, em especial da menos favorecida. Entre os ODS se incluem a saúde e bem estar, educação de qualidade, erradicação da pobreza, erradicação da fome, promoção da igualdade de gênero, redução das desigualdades, acesso à água e saneamento, acesso à energia elétrica mais limpa, mudanças climáticas, proteção à vida animal na terra e no mar.
A regulação tem papel fundamental nesse desafio global de busca do desenvolvimento sustentável, considerados seus três pilares fundamentais: a economia, o meio ambiente e a sociedade. A regulação deve ser cada vez mais evolutiva e reflexiva, auxiliando e tratando de mecanismos no contexto da realidade 4D (democrática, descarbonizada, descentralizada e digitalizada) e da Smart Energy, com mais fontes renováveis na matriz, outras formas de atuação do consumidor e novos modelos de negócios.
Dessa forma, o CIGRE-Brasil parabeniza, com muito orgulho, a nomeação de sua especialista tão plural, empenhada na busca por uma sociedade mais equânime, proporcionando, assim, representatividade dúbia na esfera internacional do CIGRE: o tão reconhecido corpo técnico brasileiro e o gênero feminino.