Fórum de Mulheres – entrevista Karen Fernanda de Paula

Karen de Paula é uma das quatro jovens profissionais que além de terem seus trabalhos aprovados para apresentação no NGNS – New Generation Show Case que acontecerá pela primeira vez nesta edição do SNPTEE, participarão, também, do II Fórum de Mulheres do CIGRE-Brasil. Assim, ao lado de Luiza Martins, Isabela Fiuza e Juliana Motta serão as arguidoras.

Assim como Juliana Motta, Karen vem da vivência interdisciplinar proposta pela Universidade Federal do ABC, a UFABC, daí sua trajetória diferenciada e, em grande medida, inovadora, no âmbito das engenharias de forma geral e da Engenharia Elétrica em particular. Segue nossa conversa com essa jovem engenheira.

O que a levou a escolher as graduações em Ciência e Tecnologia, em que se formou em 2015 e, depois, em Engenharia de Instrumentação, Automação e Robótica, finalizada no ano passado (2018), ambos pela UFABC?

Junto com o Ensino Médio, cursei Informática Industrial e neste curso tive contato com automação, o que me levou a procurar um curso de graduação na mesma área. A escolha por ingressar no curso de Ciência e Tecnologia da UFABC foi pela oportunidade de escolher um curso de engenharia apenas no fim da graduação em Ciência e Tecnologia, assim foi possível conhecer melhor o que cada curso tinha a oferecer.

No mestrado do Programa de Pós-Graduação em Energia da UFABC você tem se dedicado à pesquisa sobre a Implementação de uma Ferramenta Computacional para a Avaliação dos Impactos de Transferêcnai de Água entre Rios e Bacias em contribuição ao planejamento Energético. A que conclusões você tem chegado a respeito?

Apesar da abundância de água existente no Brasil, há um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de água em uma mesma região. O gerenciamento dos reservatórios brasileiros enfrentam conflitos que envolvem a geração de energia elétrica e os usos múltiplos da água. A industrialização e o desenvolvimento econômico intensificaram o uso dos recursos hídricos e contribuíram com o aumento da poluição das águas. A transferência de água entre rios pretende solucionar o conflito de usos múltiplos e o desequilíbrio entre oferta e demanda, ao avaliar os impactos ambientais da transferência e encontrar a quantidade ideal de água a ser transferida. Pretende-se, ainda, fazer um estudo do ganho real da transferência com a geração de energia elétrica e da viabilidade de despoluição das águas dos rios participantes do processo.

Paralela e complementarmente às suas atividades acadêmicas, você realizou uma série de atividades de estágio, monitoria e apoio técnico a outros projetos técnico-científicos e educacionais. Quais dessas atividades você destacaria como fundamentais no seu processo formativo? Por que?

Destacaria a Monitoria Acadêmica e o PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação a Docência), pois tive a certeza de estar fazendo uma boa escolha de curso de graduação e essas atividades me mostraram a importância da educação e a sua realidade em nosso país. Foi possível observar o quão importante é o papel da universidade com a sociedade e como é gratificante fazer parte disso, e poder melhorar o futuro de muitas pessoas.

No próximo SNPTEE, você também participará do II Fórum de Mulheres do CIGRE-Brasil como uma das jovens arguidoras convidadas. Qual a sua expectativa sobre esse debate? Acha importante refletir sobre a participação feminina no âmbito da Engenharia? Por que?

Acredito que será um debate importante pela troca de experiência entre as participantes, que poderão mostrar um pouco de sua caminhada na área da Engenharia. Acho importante o debate sobre a participação feminina para que possamos cada vez encorajar mais mulheres a entrarem nesta área e contribuírem com toda sua força, determinação, competência e habilidades.

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