Missão - Promover a produção, o compartilhamento e a disseminação de conhecimentos técnicos aplicados ao setor elétrico, como indutor da qualidade de vida sustentável.
Visão - Ser reconhecido nacional e internacionalmente como referência na produção e na gestão do conhecimento técnico aplicado ao setor elétrico, assim como, na articulação entre todos os seus agentes.
Valores - Competência Técnica, Ética, Transparência, Imparcialidade, Crescimento e Valorização dos Associados e Trabalho Voluntário com Profissionalismo.
SUSTENTABILIDADE
“A necessidade é a melhor mestra e guia da natureza. A necessidade é terna e inventora, o eterno freio e lei da natureza.”
(Leonardo da Vinci – 1452- 1519)
Dia Internacional da Mãe Terra
Seguindo a tônica do último editorial, o nosso conselho levanta mais uma reflexão a respeito de uma data comemorativa. Dessa vez o ano é 1970 e o dia é 22 de abril. Há um pouco mais de meio século atrás - quase a idade da nossa instituição - teve origem a criação do Dia da Terra, através de movimentos ativistas ambientais, em boa parte universitários, com o intuito de criar uma consciência com relação aos problemas ambientais que despontam como consequência da ação humana na natureza.
Mas somente em 2009 a data teve sua importância reconhecida pela ONU e, assim, a organização declarou como oficial a celebração do Dia Internacional da Mãe Terra – onde esta e os seus ecossistemas foram instituídos como a casa comum da humanidade. Aponta-se, dessa forma, para a necessidade de protegê-la afim de proporcionar melhorias à subsistência das pessoas, combater as mudanças climáticas e parar o colapso da biodiversidade.
O nosso intuito aqui é atentar para a questão da sustentabilidade, um conceito que vem criando cada vez mais força na sociedade moderna, uma vez que sua ideia é garantir que os nossos recursos naturais para as nossas necessidades no presente não comprometam as do futuro.
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e um pouco de retrospectiva
Ainda na esteira das discussões suscitadas na edição de março da Newsletter, mais uma vez citamos aqui os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Levantados não só pela nossa Conselheira Solange David, mas também na nossa edição de setembro de 2020, pelo nosso Comitê de Estudos C3 – Desempenho Ambiental de Sistemas, no webinar em parceria com a Memória da Eletricidade. Na ocasião foi sinalizada a necessidade de se construir um futuro resiliente, através da diminuição das diferenças e promoção da inclusão e da paz – um dos pilares que forma o sentido conotativo de desenvolvimento sustentável.
Como disse a palestrante Kátia Cristina Garcia do webinar em questão, que “recuperar a história é importante para entender de onde essa discussão surgiu”, como desdobramento dos movimentos que deram origem ao dia 22 de abril, foi realizada a 1ª conferência internacional - Conferência de Estocolmo (1972) - a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano – que evoluiu em 1987, com o Relatório Brundtland das Nações Unidas, quando finalmente foi cunhado o termo Desenvolvimento Sustentável. Ambos os marcos lançaram as bases para a ECO-92, realizada no Rio de Janeiro.
IX SMARS – Seminário Brasileiro de Meio Ambiente e Responsabilidade Social no Setor Elétrico
Falamos também na edição de março o quanto a nossa entidade é comprometida em promover uma qualidade de vida sustentável, sendo um dos pilares da nossa missão institucional. Assim como mencionamos a importância de ser proativo – não apenas no sentido adotado pelo ambiente corporativo dos dias atuais. Mas sim com relação ao cerne do significado original, cunhado pelo psiquiatra Viktor E. Frankl, onde se considera o todo. No nosso caso, a composição de uma instituição em um ambiente altamente orgânico, com os vários âmbitos que permeiam o setor elétrico. Daí a existência dos nossos 16 Comitês de Estudos, de áreas diversas, incluindo o CE C3, mencionado anteriormente.
O CE C3 é composto por especialistas voluntários com saberes multidisciplinares que convergem para um denominador comum: todos preocupados com a harmonização do crescimento econômico, com a inclusão social e com a proteção ambiental. Tudo isso pode ser conferido no carro-chefe promovido pelo comitê: o SMARS - Seminário Brasileiro de Meio Ambiente e Responsabilidade Social no Setor Elétrico, que agora em maio – 18 a 20 - terá a realização da sua 9ª edição.
Outras instâncias
Além do nosso CE que desperta discussões técnicas sobre as principais questões para o planejamento, implantação e operação de empreendimentos do setor elétrico brasileiro, diante dos compromissos com a sustentabilidade, exigências da legislação ambiental e responsabilidade social das empresas, em paralelo existem outros CEs que têm suas abordagens relacionadas às questões das fontes renováveis, as chamadas energias limpas.
É o caso do CE C6 – Sistemas Ativos de Distribuição e Recursos Distribuídos de Energia, que fica à frente do SENCESF – Seminário Nacional CIGRE de Energia Solar Fotovoltaica, que teve a sua 3ª edição no dia 28.04. Essas fontes vieram como uma alternativa e que desde o início dos anos 2000 tem sido promovido um movimento de pressão da sociedade, clamando por uma maior inclusão das mesmas preocupada com as emissões de CO2 e com o aquecimento global.
Além disso, existem na nossa rede de profissionais voluntários que lidam com outros pontos de vista dessas fontes, devido aos desafios surgidos com a entrada dessas usinas limpas – abordados nos webinars realizados em mais uma parceria com a Memória da Eletricidade também nesse mês de abril. Todos podem ser conferidos mais adiante nesta edição da Newsletter.
“O segredo da existência humana reside não só em viver, mas também saber para que se vive” (Fiódor Dotoiévski – 18821-1881)
Permuta de necessidades
Hoje a lógica da vida em comunidade é a da competitividade e a da necessidade de acumulação. Não só o acúmulo de bens materiais adquiridos pelo consumo excessivo, como também na própria educação. Colecionamos formações, títulos, livros (muitas vezes não bem lidos) na busca por um status. Queremos chamar a atenção de fazer uma permuta de necessidades, que hoje valoriza a quantidade deixando a qualidade em 2º plano, sendo que o papel da educação é o comprometimento com a sociedade.
Além disso, quantidade não necessariamente converte conhecimento em sabedoria, como já acendemos essa ideia aqui, atentando que essa é o objetivo de toda evolução.
Queremos com essa fomentação reforçar, nas vésperas de completar meio século de existência, que corremos em diretriz oposta – empenhando-nos em seguir por uma estrada que preza pela coletividade, de não vencer sobre, mas vencer junto. Trazendo o pensamento do escritor, filósofo e jornalista do Império Russo, Dotoiévski, sabemos qual o nosso propósito e o direcionamento dos nossos esforços - todos legitimamente interessados em potencializar transformações positivas no mundo em que vivemos.
Convidamos todos a rever esse cenário em que se tem muita informação e pouca formação e dedicarmos juntos por uma transmuta de mentalidade, onde servir esteja à frente de usufruir. Que juntos possamos elencar quais as reais necessidades face aos desafios que nos deparamos, incluindo os que a nossa Mãe Terra clama por cuidado.
Finalizando, não podíamos deixar de fazer mais uma homenagem do mês, agora a um dos polímatas mais expoentes que o mundo já teve e que abriu nosso editorial. Da Vinci, que nasceu em um dia 15 de abril - e que dentre incontáveis aptidões também concebeu as primeiras ideias da energia solar - colocava a questão da necessidade ser nossa melhor mestra, guia e inventora. Que saibamos dar ouvidos a ela e à criatividade que carrega e assim direcionarmos nossas energias para um mundo sustentável.
Em abril foi dada a continuidade com a série #paposdeenergia, com a Memória da Eletricidade.
Novamente a parceria trouxe o curador digital da Memória da Eletricidade, o Doutor em Economia pela UNICAMP, professor e coordenador do Núcleo de Estudos em Energia/FACAMP, Ricardo Buratini. Como nas realizações de 2020, Ricardo atuou como mediador dos debates sobre as questões mais importantes e atuais no âmbito do setor de energia – foram 2 episódios, dessa vez com o tema Novos Desafios do Sistema Elétrico.
#1 episódio - A Importância do Aumento do Grau de Resiliência dos Sistemas de Potência, Face aos Novos Desafios
Para o 1º episódio realizado no dia 05.04.21 convidamos o nosso especialista P.D.Sc., Paulo Gomes, que tem contribuído amplamente com as atividades voluntárias do CIGRE-Brasil há um quarto de século.
Sócio Honorário do CIGRE-Brasil e Fellow Member do CIGRE Internacional, nos concedeu uma apresentação que elencou pontos envolvidos com a tônica do webinar em pauta: Importância do Aumento do Grau de Resiliência dos Sistemas de Potência, Face aos Novos Desafios. Isto tendo como base a sua vasta experiência enquanto profissional da Eletrobras, consultor, gestor no Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no campo da operação, e, além disso, ex-coordenador, por longo tempo, do nosso Comitê de Estudos C2 – Operação e Controle de Sistema (2006-2014) e .e professor da UERJ
A evolução do SIN – da sua complexidade
Paulo Gomes ambientou a todos sobre os fatores que traduzem a complexidade do Sistema Elétrico Brasileiro, constituindo no SIN – Sistema Interligado Nacional. Isto porque se trata deumsistema único em todo o mundo, com traços peculiares, por ser um dos maiores, uma vez que possui dimensões continentais. É predominantemente hidráulico, já que 60% da capacidade instalada é de geração hidráulica. Além disso, possui longas linhas de transmissão, devido à grande dimensão e à necessidade de aproveitar a grande diversidade hidrológica.
Paulo chamou a atenção para um aumento dessa complexidade com a entrada das renováveis - com a integração mais atual de novas fontes, com o a inserção das intermitentes – eólica / solar – e das novas usinas na região amazônica (as usinas fios d´água).
Para ilustrar esse novo contexto mostrou um gráfico do final de maio de 2019, onde retrata a capacidade instalada no SIN, com uma maior representatividade das usinas eólicas e com uma previsão de uma maior expressividade já em 2029, inclusive das solares e térmicas a gás.
Diante desse panorama evolutivo, o moderador Ricardo Buratini levantou sobre a questão da resiliência, que seria o tema do webinar. No caso, o que viria a ser a importância da resiliência para o porte do sistema elétrico brasileiro.
Desafios e resiliência – transformação da matriz original
Paulo Gomes expôs todo um panorama de mudança ao longo de anos que acabaram por desencadear no surgimento do termo resiliência para o âmbito do setor elétrico.
Introduziu colocando que os sistemas de potência estão sujeitos, contantemente, a falhas por diversos tipos de causas e de características simples ou múltiplas – ações humanas (queimadas, cyber attacks, erros de operação e etc) e ações da natureza (terremotos, vendavais, etc), por exemplo. Ele salientou que não existe sistema elétrico imune a blecautes devido às contingências múltiplas. Dessa forma acaba por extrapolar os aspectos técnicos, passando a serem também sociais, econômicos e políticos – que vêm sendo estudados por especialistas de todo o mundo, envolvendo instituições como o CIGRE e o IEEE, em busca de um aprimoramento.
Ele trouxe ainda uma visão dos últimos 20 anos em que expôs a transição dos Sistemas de Potência e de ruptura desse modelo atual, com a descarbonização e digitalização, sendo palavras comuns desse novo cenário.
Colocou que no início dos anos 2000 começou um início de um movimento com a preocupação cada vez mais crescente com o aquecimento global – apontamentos sobre a necessidade de redução das emissões de CO2 – em todo tipo de estrutura, mas principalmente por parte setor elétrico. Começou assim, cada vez mais, uma pressão maior da sociedade clamando por usinas com energia limpa – biomassa, eólicas, solares e etc. O que refletiu nas próprias restrições ambientais e até mesmo por parte de órgãos, como a ANEEL, no sentindo de trabalhar para gerar uma energia mais limpa.
A consequência de toda essa movimentação foi uma mudança com o mix de geração em todo o mundo, transformando a matriz original – e com ela veio o despontar de novos obstáculos.
Isto porque construir usinas hidrelétricas no Brasil, sobretudo as com reservatórios começou a ficar mais difícil a partir de então. Paralelamente começaram a surgir gargalos com relação às renováveis, já que contruir usinas eólicas leva menos tempo que uma usina hidrelétrica, por exemplo. Na primeira são estimados 2 anos enquanto que na segunda a média é de 06 a 08 anos (ou mais). Com isso, a entrada destas novas usinas não acompanhou a transmissão, levando em consideração o fator tempo. Além de não terem o mesmo nível de controle que as tradicionais, devido devido à ocorrência de variações de hora em hora, minuto a minuto, o que torna a operação do sistema mais complexa ainda.
Outro fator que atentou foi para as mudanças climáticas dos últimos tempos, como eventos naturais cada vez mais fortes, o que trouxe todo o tipo de vendaval, ondas fortes de calor e frio – todos como potenciais ameaças para o setor elétrico. “São condições adversas que estão aumentando em termos de frequência e às vezes em termos de impacto”, colocou. Além dos ataques cibernéticos às estruturas físicas do sistema elétrico – o que levaram ao aumento das chamadas contingências múltiplas, mencionadas anteriormente, o que desestabiliza e promove a perda de vários circuitos.
Um outro ponto é que nos dias de hoje existem as novas interligações com tensão mais alta, com corrente contínua e alternada, elos de transmissão muito longos. Isso tudo aliado à pressão da sociedade, clamando por uma energia de melhor qualidade, mas também com custo reduzido. Questões que precisam ser estudadas em todas as fases do planejamento.
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#2 episódio - Desafios Tecnológicos na Área de Proteção, Automação e Controle de Sistemas Elétricos de Potência
No dia 15.04.21 foi dada a continuidade com o tema Novos Desafios do Sistema Elétrico Brasileiro, no contexto da transição energética da inovação tecnológica e dos novos imperativos da segurança da rede.
Para esse 2º episódio convidamos o nosso especialista, nas palavras de Buratini, “simples e sofisticado”, o pesquisador, D.Sc, Gerente de Projetos do Cepel e Coordenador do nosso Comitê de Estudos B5, Marco Antonio Macciola Rodrigues – à frente de várias realizações do CE, entre elas uma das mais importantes do CIGRE-Brasil: o STPC – Seminário Técnico de Proteção e Controle.
Um sistema de proporções continentais e sua evolução tenológica
Marco nos apresentou de forma bem didática sobre o que é o Sistema Elétrico de Potência e as várias formas de representar/de olhar o Sistema Elétrico Brasileiro. Falou sobre o seu tamanho, assim como o Paulo Gomes, chamando atenção para a sua dimensão de proporção continental – relativo ao tamanho da Europa.
A importância dos sistemas de proteção, automação e controle (PACS)
Macciola expôs sobre no que consiste o PACS, sendo este o sistema responsável pelas operações automáticas, geralmente em um tempo que os operadores humanos não seriam capazes de atuar.
Colocou que os sistemas de automação acompanham a era digital e, mais modernamente, o uso de redes de comunicação. Apesar da existência de uma automação no passado, essa questão começou a ser pensada a partir dos sistemas digitais que puderam realmente automatizar as operações e que surgiu depois do conceito de desassistência de subestações - de não ter operador por vários motivos (não só econômicos) – daí a essencialidade dos sistemas de automação.
Depois introduziu sobre o conceito de proteção, onde colocou que se relaciona com o que se chama de relés de proteção. Estes são equipamentos, que são como sentinelas que observam em tempo real os sistemas de potência. Quando detectam sinais anormais no sistema atuam gerando um comando que minimize os danos ao equipamento protegido. Além da proteção sistêmica, onde o objetivo é minimizar a degradação do sistema elétrico de potência.
Um pouco de história
Igual à prática do nosso conselho editorial, Marco também nos trouxe um pouco de história – no caso, sobrea evolução histórica desses sistemas. Apresentou 3 grandes tecnologias do relés digital, que foram evoluindo ao longo dos tempos – o relé eletromecânico, um sistema de relojoaria, que durou uns 50 anos. Depois o relé eletrônico (estático), mais próximo de um computador analógico, apesar de lógica digital. E, por fim,o próprio relé digital, com microprocessador, memória e CPU, assemelhando-se a um microcomputador – desenvolvido para subestação. Sendo que os relés eletromecânicos existem, na verdade, desde o século XIX. Já no século XX, nos anos 80 e 90 foram introduzidos os relés estáticos e a partir dos anos 2000 evoluiu-se para os relés digitais.
Macciola chamou a atenção que na 1ª fase da evolução das tecnologias, da transição do eletromecânico para o digital, o que se encontrava dentro da caixa do relé mudou muito, ao contrário do lado externo, que se manteve o mesmo. Mas, agora, o sistema de proteção e automação passou a estar inserido dentro de uma rede de computador e, com isso, a apresentar todas as problemáticas das quais se ouve falar sobre segurança cibernética. O entorno, dessa vez, transformou-se radicalmente.
Novos desafios
Ainda sob uma perspectiva histórica, Marco abordou sobre a questão dos desafios surgidos face à evolução dos sistemas de potência para a automação, proteção e controle.
Isto porque o sistema elétrico das décadas de 70 e 80 mudou consideravelmente para o sistema atual – endossando o que foi exposto no episódio do Paulo Gomes.
Devido a uma característica de sistemas interligados, o Brasil possui uma complementariedade energética de forma que parte do ano leva energia do sul para o norte e na outra parte do ano é invertido. Com isso, as linhas de transmissão passam a ter várias configurações de uso, levando a necessidade de se ter um sistema elétrico adaptativo a essa condição.
Além disso, a grande área geográfica do Brasil leva a longas linhas de transmissão o que impõe grandes desafios adicionais para se fazer a proteção destas linhas, uma vez que deve atuar com uma uma intervenção mínima dentro do sistema.
Esse sistema longo gera ainda a interação entre áreas por vezes apresentando oscilações. Cada máquina tem um sistema de controle independente, que pode interagir e gerar oscilações que se não forem amortizadas, podem provocar um colapso no sistema.
Outros desafios vêm sendo suscitados também com a introdução das fontes renováveis e a geração distribuída. Isto porque é criada uma dificuldade para se fazer um ajuste de proteção. A questão do ilhamento, por exemplo, torna-se mais complicada porque são fontes em que não se tem muito controle. Diferente das grandes usinas tradicionais.
Um outro fator é a questão social e ecológica, com relação ao baixo-carbono. Por conta disso está sendo criado um movimento em direção às fontes de geração que possuem menos impactos, que se traduzem em geral, nas eólicas, fotovoltaica e também no uso de baterias, com o papel importante de acumular energia. Eles usam inversores eletrônicos que modificam a maneira como o sistema de potência reage e que vão requerer uma alteração na proteção.
Marco ainda nos trouxe perspectivas sobre os impactos da evolução nas tecnologias de PACS e da normatização, com destaque a IEC 61850, além das novas tecnologias, o posicionamento da engenharia brasileira, seu corpo técnico e a grade curricular das universidades.
Finalizou que sua intuição foi lançar mais luz sobre essa área de automação, proteção e controle – porque são tratadas mais as temáticas comerciais, energéticas, ambientais, muito pouco da operacional e a parte de proteção menos ainda. Sendo que ela está intrinsecamente ligada com a qualidade do sistema elétrico e do fornecimento de energia.
Para saber mais sobre o que aconteceu nos webinars, confira na íntegra no canal do youtube da Memória.
|e-Riac - Programação Oficial e Inscrição
Encuentro virtual de la Región Iberoamericana de CIGRE (e-RIAC)
11 a 13 de maio de 2021
A Comissão Organizadora do e-Riac anuncia a programação oficial do encontro em formato on-line, de a 11 a 13 de maio de 2021, com o tema centralDesafíos de la operación en la Región Iberoamericana. Una mirada postpandémica.
Também estão disponíveis os links para as inscrições, que, nos mesmos moldes que a e-Session Paris 2020, deverão ser realizadas individualmente por dia.
Destaques da Participação Brasileira
Dia 11 de Maio de 2021
10h00 FLEXIBILIDAD DE LOS SISTEMAS DE POTENCIA
Moderador: Alex Alegría (Chile), Transelec S.A. Resiliência e segurança dos sistemas elétricos interligados Paulo Gomes (Brasil), Consultor
11h30 SISTEMAS ELÉCTRICOS RIAC. DATOS Y RETOS FUTUROS Moderador: Pedro Cabral (Portugal), REN, Secretário de RIAC Sistema Elétrico Brasileiro Ney Fukui da Silveira (Brasil), ONS
Dia 12 de Maio de 2021
09h15 IMPACTO DE LAS DER Y VEHÍCULOS ELÉCTRICOS EN LOS SISTEMAS
Moderador: Iony Patriota (Brasil), CIGRE Brasil Impacto dos Recursos Energéticos Distribuídos e Veículos Elétricos nos Sistemas Ativos de Distribuição Alexandre Rasi Aoki (Brasil), Universidade Federal do Paraná
Dia 13 de Maio de 2021
09h00 GESTIÓN INTELIGENTE DE ACTIVOS
Moderador: Roberto Liñán (México), INEEL Gestão inteligente de ativos na era da indústria 4.0 Josias Matos de Araujo (Brasil), Eng Smart Lead
10h00 PROTECCIONES Y SEGURIDAD DE LOS SISTEMAS ELÉCTRICOS Moderador: José Ángel González (España), i-DE Desafios do Setor Elétrico na área de Proteção, Automação e Controle Marco Antonio Macciola (Brasil), CEPEL
O Setor Elétrico no Brasil está passando por grandes mudanças e trazendo enormes desafios para a gestão das empresas do setor com a ruptura do modelo tradicional por meio da disrupção provocada pelas tecnologias e pelo processo de transformação digital.
O processo de digitalização de instalações do setor elétrico, torna-se cada vez mais relevante e é uma tendência irreversível, onde os dados são o “novo petróleo”. Assim com o objetivo de compartilhar, com profissionais de todo Setor Elétrico, o que vem sendo discutido e tratado na área de tecnologia, está sendo lançado o CIGRE Tech Talks.
Uma série de Webinars com foco na Tecnologia da Informação e Comunicação aplicada a redes digitais em todo o sistema de energia, e tecnologias como Segurança Cibernética, Internet das Coisas (IoT), Big Data, Inteligência Artificial, Aprendizado de Máquina e Realidade Aumentada. O evento será realizado ao longo do ano por meio de auditórios virtuais, simulando uma conferência presencial.
Confira o site e fique por dentro de maiores informações.
| III SENCESF
O III SENCESF enfim foi uma realidade!
Estreando em formato on-line depois de 18 meses de preparação, o seminário aconteceu no dia 28.04.21, com a casa cheia - um público em torno de 150 participantes.
A abertura do evento contou a presença da Comissão Organizadora, representada pelo Coordenador do nosso Comitê de Estudos C6 - Sistemas Ativos de Distribuição e Recursos Distribuídos de Energia (CE C6), Alexandre Rasi Aoki, agradecendo e ambientando a todos com relação à adoção do formato, em virtude do cenário instaurado pela crise sanitária, exatamente na ocasião da realização presencial do encontro em Florianópolis.
EstIveram presentes também o Presidente da ABENS, Marcelo Almeida, associação apoiadora desde a 1ª edição, e, Saulo Cisneiros, nosso Diretor-Presidente que marcou presença especial na cerimônia. Colocando que o CE C6 é o comitê do futuro, altamente renovador e que trará "as grandes e melhores soluções para o atendimento de energia elétrica global”.
O Seminário
Promovida pelo time de instituições CIGRE-Brasil e UFSC, a 3ª edição do SENCESF trouxe outra novidade além do formato: foi de cunho internacional, trazendo palestrantes dos EUA, Europa e Singapura e tendo acontecido em conjunto com o PV Days in Brazil - um evento mundial sobre energia fotovoltaica realizado pelo PV Camper(PhotoVoltaic Collaborative to Advance Multi-climate Performance Energy Research), uma rede de pesquisa mundial que congrega Universidades e Institutos de Pesquisa de todo o mundo.
As 10 apresentações realizadas foram disponibilizadas antecipadamente aos inscritos e também durante o seminário. Foram distribuídas em 2 painéis, seguidos de debates proveitosos, através de perguntas e respostas traduzidas em uma rica interação e interessada atuação dos espectadores.
Tours Virtuais
Um dos itens que fariam parte da programação oferecida aos participantes seriam as visitas técnicas nas instalações fotovoltaicas da ENGIE (Cidade fotovoltaica azul, no município de Tubarão) e na CGT Eletrosul. Adaptando-se à atual condição, as empresas patrocinadoras – Categoria Ouro – disponibilizaram tours virtuais, que foram transmitidas durante o intervalo de 2h de almoço.
4ª edição
Já a solenidade de encerramento contou com os outros 02 membros da Comissão que se juntaram a Aoki: o nosso Conselheiro, Professor Sidnei Martini e o Coordenador do Laboratório de Fotovoltaica da UFSC, o Professor Ricardo Ruther.
Agradeceram mais uma vez aos patrocinadores e apoiadores - sem eles a realização não seria possível. Anunciaram e convidaram os presentes a participarem do IV SENCESF, em 18 de março de 2022, também nas instalações do Laboratório de Fotovoltaica da UFSC, esperando com uma grande expectativa em dar um abraço presencial em todos.
| Calendário de Eventos 2021
XV STPC - Caderno de Patrocínio - a 15ª edição do Seminário Técnico de Proteção e Controle já tem data marcada. Será mais um evento sediado pela capital carioca, promovido pelo Comitê de Estudos B5 - Proteção e Automação e com a organização da Taesa- agora em NOVA DATA, de 25 a 28.10.21, no Hotel Windsor Barra.
A comissão organizadora convida a todos os parceiros para esse encontro com a divulgação do projeto de patrocínio e também informa que as inscrições estão abertas no site do evento.
XVI EDAO - Nova data agendada- CIGRE-Brasil e Copel, como comissão organizadora, anunciam a NOVA DATA do encontro - 07 a 09 de junho de 2021. Com a novidade de que seráno formato on-line, em adaptação à nova conjuntura.
IX SMARS: Tudo certo para a nona edição do Seminário Brasileiro de Meio Ambiente e Responsabilidade Social no Setor Elétrico!
Como divulgamos nos últimos meses, face ao cenário instaurado pela pandemia da COVID-19, o formato on-line para o período de 18 a 20 de maio de 2021 será adotado, com a parceria da Elera Renováveis, como Comissão Organizadora.
XV SEPOPE - O 2º semestre de 2021 vem com a retomada dos eventos promovidos pelo CIGRE-Brasil, dentre eles o tradicional SEPOPE - Simpósio de Especialistas em Planejamento da Operação e Expansão de Sistemas de Energia Elétrica.
Desde 1987, na ocasião da sua 1ª edição, o simpósio acontece a cada dois anos e se tornou um verdadeiro fórum internacional para discussões técnicas e científicas sobre o Planejamento da Operação de Sistemas de Energia Elétrica.
O encontro, agora em sua 15ª realização, tem data marcada: de 09 a 12.11.21, em Foz do Iguaçu. Desta vez com o Apoio e a sempre parceria na organização, da Itaipu Binacional, apresentando os assuntos preferenciais, sempre em sintonia com as questões relevantes e atuais no cenário dos sistemas internacionais de energia elétrica - todos com temas relacionados aos 06 Comitês de Estudo do Grupo de Sistemas do CIGRE:
X WORKSOT - A 10ª edição do Workshop Internacional sobre Transformadores de Potência, Equipamentos de Transmissão e Distribuição, Subestações, Materiais e Tecnologias Emergentes, promovido pelo CIGRE-Brasil, através dos Comitês de Estudos A2, A3, B3 e D1, será realizado entre os dias 21 e 24 de novembro de 2021.
CIGRE-Brasil e Itaipu Binacional convidam a todos os seus associados e parceiros para reservarem estas datas na agenda para fazerem parte desse encontro em Foz do Iguaçu, cidade das maravilhosas Cataratas. Os espaços são limitados na exibição técnica - a EXPOWORKSPOT. Aproveitem as oportunidades oferecidas para apresentar sua empresa e produtos.
Confira demais informações, como o cronograma técnico e os temas preferenciais atualizados e demais detalhes no site do evento.
O nosso evento também pode ser conferido na edição mais recente da Electra - publicação técnica do CIGRE Internacional.
O workshop é uma promoção internacional do CIGRE-Brasil, que conta com a participação de especialistas de várias partes do mundo.
A publicação pode ser conferida na edição de outubro da revista. Acesse.
FIQUEM ATENTOS: Parte dos eventos que aconteceriam em 2020 foram adiados. As novas datas estão sendo divulgadas conforme definição do Comitê Técnico do CIGRE-Brasil.
e-RIAC - Encuentro virtual de la Región Iberoamericana de CIGRE Desafíos de la operación en la Región Iberoamericana. Una mirada postpandémica. DATA11 a 13 de maio -EVENTO ON-LINE
CE C3 - IX SMARS - Seminário Brasileiro de Meio Ambiente e Responsabilidade Social do Setor Elétrico NOVA DATA!18 a 20 de maio -EVENTO ON-LINE
CE B5 - Workshop e Curso sobre Medição Fasorial e suas Aplicações em Proteção e Controle
DATA PREVISTA25 a 27 de maio - Rio de Janeiro - RJ
CE C2 - XVI EDAO - Encontro para Debates de Assuntos de Operação NOVA DATA!07 a 09 de junho - EVENTO ON-LINE
CE B4 - Workshop e Tutorial Sistemas de HVDC no Brasil – Uma Realidade em Expansão NOVA DATA!15 e 16 de junho - Rio de Janeiro - RJ
CB - II SINTRE - Seminário Internacional de Transmissão de Energia Elétrica: Inovação, Regulação e Qualidade do Serviço Público NOVA DATA!24 e 25 de junho - Brasília - DF
CE B5 - XV STPC - Seminário Técnico de Proteção e Controle NOVA DATA!25 a 28 de outubro - Rio de Janeiro - RJ
CE C1/C2/C4 - XV SEPOPE - Simpósio de Especialistas em Planejamento da Operação e Expansão Elétrica
DATA PREVISTA09 a 12 de novembro de 2021
CE A2/A3/B3/D1 - X WORKSPOT - Workshop Internacional sobre Transformadores de Potência, Equipamentos de Transmissão e Distribuição, Subestações, Materiais e Tecnologias Emergentes NOVA DATA!21 a 24 de novembro - Foz do Iguaçu - PR
CE A2/A3/B3/D1 - X WORKSPOT - Workshop Internacional sobre Transformadores de Potência, Equipamentos de Transmissão e Distribuição, Subestações, Materiais e Tecnologias Emergentes NOVA DATA!21 a 24 de novembro - Foz do Iguaçu - PR
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IMPORTANTE: Estamos em fase de automatização dos nossos processos e neste ano temos uma novidade relativa à emissão dos boletos. Através de nossa nova ferramenta digital, o sistema SIG-CIGRE, é possível agilizar os serviços de cadastro de associados, eventos e financeiro, incluindo a emissão dos boletos referentes ao pagamento das anuidades. Sendo assim, a emissão deste documento é realizada através daplataforma IUGU, a qual se encontra integrada ao nosso sistema - vide imagem do novo boleto - encaminhado através do e-mail CIGRE-Brasil [email protected].
| Anuidades 2021 - NOVO prazo!
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